Tela IPS: como funcionam? Gasta muita energia?

Em Manutenção de celulares por André M. Coelho

Telas IPS são um dos tipos mais populares usados em eletrônicos hoje em dia. Smartphones, tablets, computadores, monitores, todos os tipos de produtos estão usando essas telas. Entender o funcionamento dessa tela pode te ajudar a conhecer melhor as telas e ver as vantagens dessa tecnologia em relação a outras.

O que é tela IPS?

IPS é uma sigla para in-plane switching, que é uma tecnologia de tela que é usada com telas de LCD. A tecnologia de comutação em plano foi projetada para atender às limitações nas telas de LCD do final da década de 1980 que usavam uma matriz de efeito de campo nemático trançado. O método TN era a única tecnologia disponível na época para LCDs de matriz ativa TFT (Thin Film Transistor – Transistor de Filme Fino). As principais limitações dos LCDs de matriz de efeito de campo nemático trançado são a cor de baixa qualidade e um ângulo de visão estreito. LCDs com telas IPS oferecem melhor reprodução de cores e ângulos de visão mais amplos.

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Tecnologia IPS nas telas

São comumente usados ​​em smartphones de médio e grande porte e dispositivos portáteis. Monitores e televisores estão entre os exemplos e, mais recentemente, os wearables tem passado a usar esse tipo de telas em produtos como smartwatches e até óculos. É um dos tipos de tecnologias mais populares e mais baratos para telas LCD.

Como funciona uma tela LCD de IPS? Gasta mais energia?

IPS-LCDs apresentam dois transistores para cada pixel, enquanto os TFT-LCDs usam apenas um. Isso requer uma luz de fundo mais potente, que oferece cores mais precisas e permite que a tela seja vista de um ângulo mais amplo.

IPS-LCDs não mostram quando a tela foi tocada, o que você pode notar em alguns monitores mais antigos. Isso é particularmente vantajoso para telas sensíveis ao toque, como as de smartphones e laptops touch-screen.

A desvantagem é que um IPS-LCD consome mais energia do que um TFT-LCD, possivelmente até 15% a mais. Elas também são mais caros para fazer e têm tempos de resposta mais longos. Em relação a telas AMOLED, telas IPS consomem ainda mais.

AMOLED e IPS

Telas IPS tem suas qualidades, e são muito usadas em smartphones, sendo mais baratas também que as telas AMOLED. Na foto, destaque para a diferença no brilho entre telas AMOLED e IPS, sendo a AMOLED mais brilhante e IPS um pouco menos. (Foto: New Atlas)

Avanços na Tecnologia IPS

A IPS passou por várias fases de desenvolvimento dentro de grandes empresas. Os avanços na tecnologia começar com melhoras do ângulo de visão e problemas com a mudança de cor. A transmitância também vem sendo melhorada, assim como a taxa de contraste. Este, por sinal, tem sido o foco da maioria das melhorias em telas IPS, além do tempo de resposta das telas para os comandos. O aumento de cores também tem contribuído para telas ainda melhores.

Alternativas a telas IPS

A Samsung introduziu o Super PLS (Plane-to-Line Switching) como alternativa ao IPS. É semelhante ao IPS, mas com os benefícios adicionais de um melhor ângulo de visualização, um aumento de brilho de 10%, um painel flexível, melhor qualidade de imagem e um custo 15% menor do que os IPS-LCDs. Em 2012, o AHVA (Advanced Hyper-Viewing Angle) foi introduzido pela AU Optronics para fornecer uma alternativa IPS que apresentava painéis semelhantes a IPS, mas com taxas de atualização mais altas. Ainda temos as telas AMOLED que, apesar de serem mais caras, produzem um contraste muito maior e cores muito mais vivas.

O que acha da tecnologia IPS? Qual tecnologia acha melhor para telas de eletrônicos?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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