Google Cardboard: o que é e como funciona?
Alguma vez você já quis experimentar a realidade virtual, mas não tinha dinheiro para adquirir um bom equipamento? Tudo bem, nós também não, mas isso não significa que não podemos tentar algo mais barato. E o Google Sabe que a gente é mais humilde, e criou o Google Cardboard pensamento exatamente em pessoas como nós.
Google Cardboard: a realidade virtual do Google
O Cardboard é uma iniciativa do Google que visa incentivar o desenvolvimento e popularização de aplicativos de realidade virtual. Diferente de um óculos de realidade virtual embarcado de tecnologias modernas, o Google Cardboard é tão simples que você pode até comprar ou montar o seu próprio dispositivo compatível com o sistema em casa com velcro, fita adesiva e papelão (cardboard é papelão em inglês). Após montar ou adquirir seu Google Cardboard, basta baixar o aplicativo na Play Store, e começar a usar a realidade virtual do Google.
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A ideia do Google é também dar aos fabricantes de dispositivos Android uma base de fabricação para dispositivos de realidade virtual, um modelo a ser seguido. A iniciativa Nexus do Google, que em parceria com uma grande fabricante Android lança um smartphone com uma experiência mais pura possível do sistema, é semelhante ao que é a proposta do Google Cardboard. O Nexus e o Cardboard querem mostrar aos fabricantes e aos consumidores como usar o Android melhor, de certa maneira, personalizando a experiência com esse sistema operacional.
Mas onde adquirir meu Google Cardboard?
Você pode montar seu próprio Cardboard ou comprar um óculos pronto. Nas duas opções, os custos são muito baixos. Por custos baixos estou dizendo bem menos do que 5% do salário mínimo. Isso se você não é do tipo de pessoa que quer colocar a mão na massa e fazer seu próprio kit. Se você fizer seu próprio kit, os custos caem pela metade.
Meu smartphone é compatível com o Google Cardboard?
Para ser compatível com o Google Cardboard, o seu smartphone tem que ter compartibilidade com NFC. Smartphones intermediários e topo de linha já vem com NFC como padrão de fábrica, mas há exceções para essa regra. Verifique isso antes de sair comprando um cardboard ou montando seu kit de realidade virtual.
O que eu preciso no meu Google Cardboard?
Seja em um Cardboard pronto, ou um que você mesmo esteja montando, você precisa garantir:
- Papelão ou outro material mais ou menos resistente: usado para fazer todo o corpo do aparelho. Papelão é muito fácil de moldar e cortar e deve ser a opção usara por quem vai fazer seu primeiro Cardboard.
- Lentes: 2 lentes de 45 mm de distância focal e biconvexas devem funcionar, prevenindo distorções nas bordas das imagens. É o item mais “chatinho” de encontrar.
- Ímãs: um anel de ímã de neodímio e um anel de ímã cerâmico, com tamanho aproximado de 19 mm de diâmetro e 3 mm de espessura.
- Velcro: muito velcro, para prender o celular, prender o Cardboard na sua cabeça, enfim, velcro é um bom aliado!
- Elástico: tamanho mínimo de 8 cm, e grosso, para prender o celular no Google Cardboard.
- NFC: um adesivo NFC, que deve ser programado dentro do aplicativo do cardboard (escrever tags -> novo -> link -> inserir a URL “cardboard://v1.0.0” -> toque escrever -> coloque o telefone em cima do adesivo NFC)
O kit pode ter mais coisas do que essa lista, mas se tiver menos coisas, é arriscado que você não tenha uma experiência completa do Google Cardboard.
https://youtu.be/7ovGLC8Z9JU
Google Cardboard é apenas para Android
Outra coisa que é bom lembrar é que o Cardboard só funciona com dispositivos Android, então nada de tentar usar o Cardboard com um iPhone ou Windows Phone.
Como funciona o Google Cardboard?
Depois de tantas explicações, é bom falar melhor sobre o dispositivo em si.
Você encaixa seu celular na frente das lentes do Cardboard, como se o smartphone fosse “tapar” um binóculo. Cada metade da tela do smartphone ficará em uma das lentes do Cardboard e o aplicativo compatível com o sistema irá dividir a tela em duas, uma para cada olho. Não se esqueça de abrir o aplicativo compatível antes de encaixar o aparelho no Cardboard, ou ficará um pouco difícil mexer nele.
O celular então é encaixado nas lentes, e você encaixa o Cardboard na sua cabeça. Os comandos para os aplicativos podem ser feitos pelos sensores do celular ou por botões físicos, acessíveis através da interface que o cardboard deixa disponível no plano de montagem. Com o adesivo NFC, as configurações ficam muito mais rápidas, pois o dispositivo reconhecerá o adesivo instantaneamente.
A partir daí, é bem simples. Nossa dica é começar usando o Cardboard App antes de usar outros aplicativos compatíveis, como o YouTube. O Cardboard tem um tutorial bem simples, ensinando como mover a cabeça para navegar pelas opções, e algumas demos de realidade virtual para familiarizar as pessoas com esse ambiente.
Não se esqueça de usar um fone de ouvido para tornar a experiência mais completa, e girar a cabeça para todos os lados lentamente. Vertigem e enjoo são normais até seu cérebro se acostumar com o ambiente de realidade virtual e por isso, vá com calma.
Depois dessa experiência inicial, você poderá encontrar aplicativos compatíveis com o cardboard. Por exemplo, o YouTube tem um modo Cardboard para vídeos filmados em 360º, onde é possível visualizar o mesmo vídeo em várias direções.
O que esperar do Google Cardboard?
O Google Cardboard é uma experiência de realidade virtual que custa menos de 5% de um salário mínimo (sem considerar o valor do celular, claro), enquanto seus parentes mais “parrudos” podem custar mais de 2 salários mínimos. Considerando isso, é uma ótima experiência como primeiro contato com a realidade virtual.
Não é tão imersiva ao ponto de que você vá esquecer do mundo real para entrar no mundo virtual, mas é entretenimento o suficiente para passar um bom tempo ali no Cardboard brincando com os aplicativos de VR.
O cuidado maior que se deve ter é quanto às dores de cabeça e náuseas, que são comuns em quem usa dispositivos de realidade virtual. Por isso, é importante um período de adaptação e nada de movimentos bruscos. Ou o máximo que você poderá esperar do Cardboard serão horas de tonturas. Limite seu tempo no Cardboard a um máximo de 20 ou 30 minutos até se acostumar.
Vale lembrar também que aparelhos mais antigos podem ter problemas na hora de renderizar as imagens da realidade virtual, deixando a experiência um pouco mais artificial. Ainda assim, a experiência não perde muito da sua “magia”, e continua com um bom grau de entretenimento.
Novamente, lembramos: o Cardboard é uma boa primeira experiência com a realidade virtual, mas não a sua única experiência. Como bônus, é bem interessante dar essa função extra ao seu dispositivo Android, não é? Mas gostaríamos de saber a opinião de vocês.
O que vocês acham sobre o Google Cardboard? Gostariam de um Google Cardboard?
Sobre o autor
Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.
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